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09/10/2020
Vereadores aprovam Projeto de Lei que dá nome de Lauro Kerber a estrada do interior

Os vereadores de Pantano Grande aprovaram na Sessão da Câmara da última terça-feira, dia 6, o Projeto de Lei 065, que dá o nome de Estrada Lauro Kerber, ao trecho compreendido entre as duas pontes, na localidade de Passo do Canto, passando pelo acesso ao Balneário Ana Benta, indo até a Estrada da Venda Velha. O Projeto, aprovado por unanimidade pelos vereadores, foi sancionado pelo prefeito Cássio Soares na quarta-feira (07), oficializando assim o novo nome da estrada.
A aprovação da Lei surge também como uma homenagem ao empresário, já falecido, que fundou a empresa Motrisa, especializada em silvicultura e mais recentemente no ramo da pecuária de corte.
O autor da Lei, o presidente do Legislativo, Libinho Pires (PTB), disse que o Projeto foi uma sugestão dos moradores do interior e do Cartório de Registros de Pantano Grande, que alega existir muitas divergências com relação aos endereços daquela localidade por falta de um nome oficial.
Na Sessão, os vereadores destacaram a justa lembrança e ressaltaram que a proposta serviu também para enaltecer um cidadão que nunca deixou de acreditar no potencial de Pantano Grande.

Quem foi Lauro Kerber?
Lauro Kerber, nasceu no bairro São José do Centro, no município gaúcho de Não-Me-Toque, em 17 de outubro de 1922. Filho de Emílio Kerber e Amália Lengler Kerber, casou-se com Loni Schneider Kerber, em 24 de julho de 1946, em Carazinho, também no Rio Grande do Sul com quem teve três filhos: Mario Kerber, Leila Kerber Bratz e Marlene Kerber Mello Godoy.
Em 1945 começou a trabalhar na Casa Comercial de Emílio Kerber onde iniciou seus feitos empresariais.
Em 1950 ingressou como cotista e empregado da empresa Aita, Silva & Cia Ltda.
Em 1956 a firma Aita, Silva é transformada em Sociedade Anônima e adota a denominação de Moinhos de Trigo Indígena S.A. - MOTRISA, quando então foi eleito diretor e reeleito diretor sucessivamente até 1984, quando assumiu a vice-presidência do Conselho de Administração e, posteriormente em 1993, a presidência do Conselho de Administração do Grupo MOTRISA, função que desempenhou até o seu falecimento.
Enquanto administrador do Grupo MOTRISA, desenvolveu inúmeros feitos empresariais, dentre eles:
Atuou de forma decisiva na construção do Moinho de Trigo Carazinhense e posteriormente, no Moinho de Trigo de Canoas.
No início da década de 1960 idealizou um grupo empresarial moageiro de atuação nacional.
Perseguindo o seu ideal empresarial, em 1962 capitaneou a construção do Moinho de Trigo de Maceió, Alagoas.
Com a inauguração da unidade alagoana e a expansão das atividades industriais gaúchas a empresa assume destacada posição no setor moageiro nacional.
Enquanto diretor capitaneou a fundação de diversas empresas, dentre elas: Sociedade de Administração, Comércio e Indústria Ltda. – SACI; Moinho de Sergipe S.A.; Inquil; Inquinor S.A. e Moinho Motrisa S.A..
Em 1972 fundou a Agro Florestal Motrisa Ltda. com atuação em Santa Bárbara do Sul, Tapes, Viamão, Encruzilhada do Sul, Rio Pardo e Pantano Grande.
Em 1984 a MOTRISA adquire imóveis rurais em Pantano Grande onde cria o Parque Florestal MOTRISA II e inicia o cultivo de eucaliptos com finalidade mercantil. Posteriormente a MOTRISA adquire outros imóveis rurais e amplia suas atividades florestais e as diversifica passando a integrar a atividade florestal com a pecuária. O sucesso da atividade pecuária torna-se relevante surgindo assim a Cabanha MOTRISA que dedica-se a criação de bovinos das raças Braford e Hereford.
Embora Lauro Kerber tenha firmado destacada atuação em diversos estados brasileiros, nunca deixou de residir no Estado do Rio Grande do Sul, bem como neste estado sempre manteve a Matriz do Grupo empresarial que liderava.
Kerber faleceu em 12 de outubro de 2003 em Porto Alegre e está sepultado no Cemitério Jardim da Paz em Carazinho.